A influência da glicação nas células do neuroblastoma

Níveis elevados de glicose como os que ocorrem na diabetes mellitus favorecem a glicação das proteínas e levam à formação de AGEs. Esses AGEs aceleram os processos de envelhecimento e estão associados a complicações micro e macrovasculares bem como a doenças neurodegenerativas. Muitos efeitos ocorrem de forma dependente do recetor sendo o RAGE considerado um dos principais parceiros de interação dos AGEs. O tratamento de células de neuroblastoma do tipo Kelly com MGO o precursor mais potente da formação de AGEs não levou a nenhuma redução na viabilidade celular. Após o tratamento observou-se um aumento na formação de CML e no Western Blot. Além disso as células glicadas apresentaram sinais claros de CML e RAGE na citometria de fluxo. A glicação de proteínas da matriz levou à redução da adesão à laminina no RTCA sem influência na fibronectina e no colagénio IV. Além disso foi possível comprovar um aumento na taxa de migração através da glicação das células.