Comunicação sobre saúde numa perspetiva ambiental

O livro analisa as razões pelas quais a campanha Kin-Bopeto em Kinshasa não foi totalmente bem sucedida na melhoria da gestão dos resíduos apesar da sua grande visibilidade. A ideia principal é que a eficácia da comunicação sobre saúde pública e ambiente depende da perceção da população e da integração ativa das mensagens e não da simples divulgação. Isto realça o fosso entre as intenções políticas e o impacto real das condições de vida urbanas insalubres.A insalubridade em Kinshasa é um problema complexo ligado à comunicação e às realidades socioculturais. O estudo mostra que o conhecimento de uma campanha não é garantia de uma compreensão profunda ou de uma mudança de comportamento duradoura. Apenas 40% dos habitantes inquiridos alteraram os seus hábitos. Para que as campanhas sejam eficazes as estratégias devem ser adaptadas às barreiras (económicas sociais infra-estruturais) e a população deve ser ativamente envolvida tendo em conta as suas experiências.O livro insiste numa abordagem holística do saneamento urbano. É necessário combinar uma comunicação adaptada à realidade local com um apoio concreto (infra-estruturas incentivos).