O paradoxo do serviço prisional em Mbuji-Mayi face aos direitos

Perante o aparecimento e o recrudescimento dos desvios sociais no Congo-Zaire em geral e em Mbuji-Mayi em particular o processo de socialização e por extensão o de ressocialização deparam com distorções e por conseguinte com problemas a montante e a jusante da estruturação social zairense-congolesa nomeadamente no que se refere aos serviços especializados neste domínio. Se o Presidente da República reconhece e declara abertamente que o sistema judicial congolês está doente e precisa de ser purgado não é de estranhar nem de surpreender que o sistema prisional zairense-congolês que dele depende também esteja doente e ainda mais. De facto as prisões zairense-congolesas em geral e a Prisão Central de Mbuji-Mayi em particular perderam tanto da sua essência que se assemelham mais a centros de dessocialização e de desterro dos presos do que a ambientes especializados para a sua reeducação séria e responsável com vista à sua reintegração social no nobre respeito dos direitos humanos fundamentais.