Moçambique tem nos seus registos históricos instâncias de mobilização e instrumentalização da etnicidade que recorreram à violência etno-política. Esta realidade sangrenta foi predominante durante a luta pela independência do regime colonial português e foi claramente percepcionada como uma ameaça à libertação nacional. Em consequência o movimento nacionalista liderado pela FRELIMO que depois se tornou o governo no poder na era pós-independência implementou políticas nos domínios político e cultural para desmobilizar a etnicidade a fim de evitar a continuação do derramamento de sangue etnopolítico. Tornou-se um imperativo primeiro alcançar a independência e depois preservar a sobrevivência do Estado que pouco depois da independência foi ameaçado por uma guerra prolongada. As medidas políticas e culturais contribuíram significativamente para o desaparecimento da violência etnopolítica mas até agora este facto tem sido academicamente ignorado. Assim ao contrário dos estudos que explicam porque é que a violência etnopolítica ocorreu esta é a primeira investigação qualitativa que se debruça sobre as razões da ausência de violência etnopolítica em Moçambique.
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