Só

Só é uma obra poética de António Nobre publicada em 1892 que se destaca pela sua profunda melancolia e introspecção. O livro é uma coletânea de poemas que refletem a solidão a saudade e a busca incessante por um sentido na vida. Nobre utiliza uma linguagem rica e emotiva para expressar suas experiências pessoais e sentimentos de perda e desilusão. A obra é marcada por um tom confessional onde o autor se desnuda emocionalmente revelando suas fragilidades e anseios. Os poemas são permeados por referências à infância à família e à terra natal criando um contraste entre a inocência perdida e a realidade dura da vida adulta. A presença constante da morte e da passagem do tempo reforça a sensação de efemeridade e a busca por algo eterno. Só é considerado um marco na literatura portuguesa pela sua originalidade e pela forma como Nobre consegue capturar a essência da alma humana em suas palavras. A obra é um testemunho da genialidade do autor e da sua capacidade de transformar a dor em arte.